quarta-feira, 30 de março de 2011

A ARTE DE J. BORGES - XILOGRAVURA

A ARTE DO NORDETINO J. BORGES e AS "ESTÓRIAS" DE MEU PAI, O SR. FALCÃO. Hoje, passeando pela web, deparei-me com uma xilogravura de J. Borges, um dos maiores artistas brasileiros especialistas nessa arte. Arte bela, que emociona e encanta com cordéis, histórias e estórias. Há um tempo tenho me dedicado e pesquisado sobre técnicas de gravura, em especial das xilogravuras, que me encantam, pois quando pequeno, meu pai de vez em quando, chegava em casa, com vários cordéis para nos contar histórias. E, a gravura abaixo, o contador de mentiras, me fez recordar muito o meu pai, o Sr. Falcão, como gostava de ser chamado. Ele por ter um talento especial para inventar estórias um tanto absurdas... Ficou conhecido em minha cidade, Castanhal/PA, como uma figura "folclórica" deixando saudade com sua partida no começo de 2007.

A xilogravura de J. Borges, me fez lembrar, quando o meu pai contou uma de suas histórias em uma emissora de rádio local e ganhou um título de 'mentiroso do ano', e chegando em casa mostrou seu "DIPLOMA DE MENTIROSO" e, a partir de então, sempre fazia questão de mostrar aos amigos com muito orgulho!!! Obrigado meu pai! Suas "estórias/mentiras" constribuiram significativamente para a minha formação enquanto artista, e, hoje, suas palavras dão forma à quadros, esculturas, camisetas...


E, também, a sonhos e desejos de crianças de todo o Brasil, que com muito encanto e coragem, mergulham em rios com cobras gigantes, voam dentro de barrigas de pássaros, moram sobre cascos gigantes de tartarugas, brigam com onças de 20 metros de altura... E, em tempos de tanta tecnologia e brinquedos eletrônicos, descobrem em suas palvras, um lugar especial, uma forma diferente de acreditar e enxergar o mundo, um planeta belo, onde os heróis e sonhos são possíveis, e que os mocinhos sempre vencem e comemoram seus feitos ao final das estórias.


Obrigado, pai, por sua presença, carinho, sua arte e seu jeito mágico de encantar a todos, mostrando sempre o valor e a beleza contida nas coisas simples da vida. Guataçara Monteiro

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